A MÃO INVISIBLE
“O defeito inerente do capitalismo é a distribuição desigual das benesses; a virtude inerente do socialismo é a distribuição equitativa das desgraças” Winston Churchill.
Se um mercador inglês vende por dois Shillings um produto que custou um Shilling* na sua casa ele tem a seu favor 1 Shilling, isso não é um ganho sobre outra nação como uma vantagem apenas do inglês vendedor, pois o produto é também um ganho para o comprador.
Não houve a rigor uma vantagem de um
sobre o outro, uma vez que ambos ganharam com a negociação, e uma “mão invisível” se encarrega do resto. Isto é os negócios geram riquezas para todos no mercado.
Tanto o vendedor como o comprador é movido por interesse numa economia de mercado com a mínima ou nenhuma intervenção do Estado, é o mercado que conduz à abundância das nações com suas atividades de negócios onde todos ganham comprando, vendendo e manufaturando. No “Laissez faire” que pode ser traduzido por: “Deixe o povo trabalhar” ou “Deixe o empresário empreender” está o princípio da abundância.
“A “obra mais célebre de Adam Smith foi:” A Riqueza das Nações: Investigação Sobre sua Natureza e suas Causas”, a Revolução Industrial estava a todo vapor e a burguesia inglesa deu boas vindas a essa teoria, foi um rompimento definitivo com a teoria mercantilista, que consistia em vender cada vez mais e acumular moeda no tesouro, ou acumular ouro que era a principal reserva monetária garantidora das transações e da soberania das nações.
O livre comércio defendido por Adam Smith corresponde também à livre iniciativa para quem desejar empreender é isso que trará riqueza para todos, depois das vendas e das compras, a “mão invisível” fará o resto e não o governo que tem uma mão interesseira e pesada e, além disso, não contribui com o crescimento da riqueza do seu povo, apenas engorda o Estado criando impostos sobre impostos e até perseguindo quem ousar empreender como nos governos socialistas, e com países que se dizem capitalistas, mas que aumentar a carga tributária é o único “serviço” que gostam de fazer.
A riqueza de uma nação começaria quando suas exportações excedessem suas importações e com isso uma entrada líquida de divisas engordaria o cofre da nação exportadora, empresas ricas e não o Estado produzira o bem estar na medida dos pagamentos de salários e interesses aos participantes do “laissez faire”. Para Smith a riqueza estaria na satisfação do povo pelos produtos encontrados nos mercados, mas do que simplesmente acumular riqueza num cofre escondido num banco inacessível ao povo comum.
Numa economia de mercado, o “dinheiro de custo” faz parte do “fluxo de dinheiro”. Como diz Peter Ducker, “ Receitas produzem os meios necessários para os custos, é claro. Mas, a não ser que a administração busque constantantemente direcionar esses custos para as atividades que geram receitas, a tendência é que eles sejam alocados espontaneamente em atividades “nada producente” . No “Laissez faire” a Ti (tecnologia inteligente) se faz necessária para alcançar um resultado positivo e evita a falência, não somente isso, mas acumular riquezas criando o fator de desenvolvimento.
O valor do trabalho e o modo como ele é apropriado a cada produto pela gestão dos detentores dos meios de produção e o retorno do capital investido constitui o capitalismo, e só funciona numa economia de livre mercado, especialmente a produtividade, a busca por essa virtude valorizou os meios de produção das máquinas nas indústrias, o barateamento dos produtos trouxe maior satisfação ao consumidor final, e aí pode está a “Abundância das Nações”, se todos estivessem satisfeitos com o que vendia e com o que comprava a vida se tornaria melhor.
Adam Smith nasceu em junho de 1723 em pleno século das luzes, e de fato esse período produziu grandes pensadores e na área econômica, o maior deles foi Smith um britânico da Escócia, membro da Royal Society.
O socialismo mantém o foco apenas no trabalhador e socializa os meios de produção por meio de um Estado cada vez maior, que se coloca como o justiceiro para distribuir a riqueza incipiente do trabalho sem valor agregado, que se torna cada vez menor por falta de interesse, e, menos interessante no decorrer do tempo, então, a riqueza é desprezada pelos que a produziu o que faz cair o nível de produção gerando escassez e pobreza generalizada.
Mas Smith não focou apenas no capital e no liberalismo, ele construiu caminhos éticos e politica salarial que se tornou padrão para todo país que pretenda trilhar o caminho da livre iniciativa e alcançar com isso a “abundância das nações”.
Ct. Ifb.